segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Rever





A partir de Satolep
Se Vitor Ramil observa lindamente que “o largo em frente à estação abria-se generosamente à espera de um abraço” (p. 32), também eu posso ter a alma das coisas sem precisar sequer tocá-las para senti-las, elas se apresentam para mim antes como cor e como cheiro, ainda mais nestas luzes tranbordantes de primavera, que tanto dão aura a todos os seres. Posso sentir o abraço deste largo, mas também das sinuosidades dessa cidade que me acolhe.
Também ele (e eu, junto dele) complementa (mos) que “se restar alguma sensação que descreva o período dos meus trinta anos, será esta: estar em mim e em meu entorno”. Se eu tinha confiança e hoje tenho medo, que o medo que me leve, então, de mãos com a confiança, diante de tudo, mesmo diante do medo de às vezes sentir não ter força para prosseguir.
Que a cidade me ajude a voltar, como ajudou a este persongem, este todos-nós que expressa a mais humana das hipóteses. Sobreviver.
Compor. Recompor. Reorganizar. Dar nova forma. 
Renascer. Voltar.

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Linda também a obra de Betina Frichmann (a primeira imagem que utilizei e as que seguem), que esteve em uma exposição que não lembro o nome, mas que vi há algum tempo no Gasômetro. Obra esta que recompus a partir de escolhas-fragmentos que fiz. De uma força…










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