domingo, 30 de maio de 2010

esvoaçante delirante

Delirante com major, com o tempo, com a paisagem de simmel (avistando aulas de segunda próxima), compartilho algumas linhas... e uma imagem.

http://paisagensdeinteriores.blogspot.com/2010/05/universos-de-percurso.html

Boa semana =)

domingo, 23 de maio de 2010

Ainda em tempo

E por falar na interessante Rue de Belleville, reza a lenda que Edith Piaf teria nascido nas escadarias da casa de número 72, numa noite de dezembro de 1915, em que sua mãe, um tantinho embriagada, não havia conseguido chegar a tempo ao hospital...

E depois de tudo o que vivera... de todas as dores do mundo, ela ainda segue cantando

"Noites de amor que não acabam mais
Uma grande felicidade que toma seu lugar
Os aborrecimentos e as tristezas se apagam
Feliz, feliz até morrer"

(Des nuits d'amour à plus finir/Un grand bonheur qui prend sa place/Des ennuis des chagrins s'effacent/Heureux, heureux à en mourir.)

Um brinde de vinhos à Piaf!


Para os balões que sabem voar.

Inspirada nos textos-tramas que andei lendo para apresentar na disciplina da Chica e da Ana, mencionando uma atitude perante a cidade - etnográfica e plena de afeto - , eis por quais lugares bonitos não andei passeando neste domingo... 
Primeiro, elas, autoras e professoras, me falavam de uma certa ambiência situada à Rue de Belleville, em Plena Paris multifacetada, no chamado 11ème arrondissement, um bairro predominantemente de imigrantes, provenientes de muitos lugares do mundo, abraçados em suas línguas e costumes. 
Queria materializar em imagem, uma vez que não conheço sua paisagem urbana. Uma busca no flickr por "Rue de Belleville" me leva a uma imagem-paralelo, um ontem-e-hoje, cuja base temporal do ontem tem como ponto de partida um fragmento fílmico, uma fração de segundo do filme "Le Ballon Rouge", feito em 1956 pelo francês Albert Lamorisse e que ganhou milhares de prêmios. Era tudo o que eu sabia até então sobre este balão passeador. 

fonte: http://www.flickr.com/photos/pietschreuders/3693257871/

Da Paris de ontem, confesso que me alegra mais não apenas pelo balão que sabia voar, vermelho sangue, e que seguia o menino pela cidade, em movimento de puro afeto, apresentando a cidade para esta que não a conhece. Mas também a vista da Tour Eiffel, ao longe, parecia um horizonte mais poético. Acho que a calçada lembrando a chuva também marcava um dia mais propício para esta viagem.

Toda essa saudade do que não se viveu somente para dividir a lindeza que é assistir a este filme. É curtinho, e vale cada minuto.



Le Ballon Rouge by Albert Lamorisse from maus da fita on Vimeo.


E para aqueles que se interessaram pelos contrapontos passado/presente através de imagens, dêem uma olhada em todo o álbum que faz referência aos frames do filme O balão vermelho.

Tem também um super dziver, que mostra Londres ontem e hoje, a partir de fotos dos Beatles.

Enjoy it!!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Delicadezas para um dia que começa

Para começar os vôos, Benjamin, sobre a verdade.

"A categoria de semelhança que, para a consciência desperta, tem apenas uma significação muito restrita, ganha no mundo do haxixe uma irrestrita. Nele tudo é, de fato, rosto; todas as coisas têm o grau de presença encarnada que permite perseguir em tudo, como num rosto, os traços manifestos. Mesmo uma frase em tais cirscunstâncias ganha um rosto (pra não falar de uma palavra isolada), e esse rosto se parece com o da frase contraposta. Assim, cada verdade aponta evidente para o seu contrário e a partir dessa situação se esclarece a dúvida. A verdade se torna alguma coisa viva, ela vive apenas no ritmo em que a frase e seu oposto trocam de lugar a fim de serem pensados".

sopra ele no texto "o flâneur", que podemos encontrar na obra "Chales Baudelaire, um lírico no auge do capitalismo".