segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ares de milonga

Editei, não poderia deixar de editar o antigo post sobre a copa, o brasil de cazuza, a abertura da novela... essas obviedades já não fazem o menor sentido depois de o universo me proporcionar uma grandeza como essa que aqui se segue... divido com vocês porque está entre as coisas mais belas vividas... dessas respostas e carinhos e siga em frente que de vez em quando a gente tem a honra de receber do mundo... abraços fortes e demorados ao querido-amigo-matuto-Felipe!!!!

Segue o texto, e a resposta... é lindo.



Délibáb

Para dar sentido ao show assistido hoje é preciso realizar uma digressão, é preciso pegar o Delorean da memória e chegar até 2003, dezembro de 2003 mais precisamente. Durante cinco anos trabalhando em emprestar filmes para os outros, o Matuto fez amigos que perduram até os dias de hoje, fez conhecidos, e acima de tudo conheceu mais filmes que sua massa cinzenta pode armazenar.

Mas foi nesse dezembro de 2003 que o Matuto conheceu Vitor Ramil. Ou melhor, conheceu Tambong – um nome estranho escrito naquela mídia que viera dentro de uma das caixinhas de devolução de filmes. Algum sujeito, esqueceu tal cd (ainda completamente desconhecido para o Matuto) e por obra de um cara chamado “destino”, ou qualquer coisa que o valha, ele foi parar nas mãos do atendente matuto.
Primeiro o Matuto esperou dois dias, e nada do proprietário aparecer. Em suma, o Matuto levou o Cd para casa. Então, nesse dezembro de 2003 começa a história entre os dois – Vitor e Matuto, uma relação que nunca acabou, mas sim amadureceu, fincou raiz e hoje chega até Délibáb.

Aos que seguem esse blog, mas não conhecem o Matuto pessoalmente, adianto, ele é mais novo do que imaginam, por isso, conhecer Vitor somente em 2003 não se constitui em um crime. Claro que esse nome já era conhecido para o, na época, pequeno Matuto, mas nada que fosse realmente significante além do tal do “Vento Negro”. Daí em diante foram vários encontros com a obra do Barão de Satolep, encontrando as obras, escutando e chegando a conclusão que perdura: “Vitor fez toda diferença na criação de uma identidade-auditiva matuta”.

Um Vitor Joquim. Um Vitor meio místico. Um Vitor meio perdido entre o pop e o regional. Um Vitor rasgadamente pop. Um Vitor sambista? Um Vitor cheio de ares de milonga, um Vitor Délibáb.

Em 2010 se completam sete anos dessa relação, que se tornou um livro aberto desde o primeiro dia. Com Vitor o Matuto consegue ficar a zero por hora ao ponto de perguntar que horas não são. A resposta para isso? O matuto só sabe responder que não é céu e que talvez a ilusão da casa torne tudo mais claro em sua opacidade capaz de perceber que até mesmo esse texto já foi no mês que vem.

O show?

Foi um fenômeno ótico, foi uma ilusão sulina, uma miragem, foi Délibáb.

Ps do matuto para o próprio matuto: Esqueça gente conversando ao seu lado. Esqueça celular tocando, esqueça os flash das máquinas. Fique com a memória de um Carlos Moscardini fazendo toda a diferença. Fique com a memória de um Vitor fazendo você se sentir o verdadeiro astronauta lírico naquela altura do Teatro São Pedro.

Ps para todos: Enquanto escrevia esse texto o Matuto pensava e lembrava de Bigatrice, que pode ter alcançado Vitor de forma diferente, mas que com certeza compartilha de um sentimento muito próximo ao do Matuto ao escutar o frequentador mais famoso do Café Aquarius em Satolep. Por isso, dedico esse texto a ela, Bigatrice.

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